sexta-feira, 8 de abril de 2011

Polícia tenta recuperar HD de assassino do Rio

Exemplo de HD queimado

O computador pessoal de Wellington Menezes, 23 anos, responsável pelo massacre do Rio de Janeiro, foi encontrado queimado e destruído em sua residência, na zona Oeste da cidade.

Logo após a tragédia que matou 12 estudantes numa escola pública do Realengo, policiais civis foram até a casa onde o atirador vivia em busca de pistas sobre como ele planejou o ataque, se teve ajuda de terceiros e como conseguiu armas e munição.

Uma das peças-chave da investigação é o computador pessoal de Wellington
, que foi encontrado queimado e parcialmente destruído em sua casa. O provável motivo das avarias é o desejo do assassino em não deixar rastros sobre seus hábitos na web e o modo como pesquisou e planejou o atentado.

Atuam na investigação a Polícia Civil do Rio e a Polícia Federal, que oferece apoio logístico e de inteligência. A PF possui, inclusive, técnicos especialistas em recuperar HDs danificados e tentar quebrar encriptações de discos de memória.

Especialistas ouvidos pela INFO afirmam, no entanto, que discos rígidos danificados podem - em 80% dos casos - terem seus arquivos recuperados.

“Nenhum HD é 100% seguro, mas também, mesmo danificados, não são irrecuperáveis e na maioria dos casos dá para resgatar o conteúdo”, afirma Eduardo Gomes, especialista em recuperação de dados do Hospital do HD.

Gomes explica que os HDs danificados são analisados durante mais ou menos uma hora para avaliar o que poderá ser feito. A empresa utiliza um software próprio para realizar a varredura dos dados.

Ainda não se sabe em qual estado se encontra o computador do criminoso, mas

de acordo com o especialista, apenas em situações onde a mídia interna do HD estiver riscada é que não será possível recuperar o conteúdo do disco rígido.

“Neste caso, mesmo se o rapaz tiver formatado a máquina antes de queimá-la, ou se tiver deletado arquivos, a grande maioria poderá ser recuperada em pouco tempo. Somente ficará inviável se caso a mídia tiver sido riscada, caso contrário é possível resgatar. Já trabalhamos junto ao governo com máquinas danificadas por conta de enchentes e tivemos sucesso em boa parte da recuperação”, pontua Gomes.

Wellington Menezes de Oliveira era ex-aluno da escola onde efetuou o ataque, que matou 12 crianças e feriu mais de 11. O criminoso foi descrito por conhecidos, como uma pessoa introspectiva e sem problemas aparentes.

A irmã dele afirmou que nos últimos meses o assassino passava seu tempo em frente ao computador, principalmente pesquisando sobre armas. Com a recuperação do HD, a polícia pretende localizar a origem das armas adquiridas por Wellington e entender o que motivou o rapaz a cometer os crimes. O massacre em Realengo também ganhou uma página na Wikipédia com detalhes sobre o caso.

Com informações do INFO Online

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